Por incrível que pareça, existe, sim, uma relação entre o diâmetro dos
grandes foguetes externos do Space Shuttle, da Nasa (que ajudam a nave a ganhar
velocidade no momento da partida e depois são descartados), e as carruagens do
Império Romano.
A causa está na bitola – distância padrão entre os trilhos –
das ferrovias americanas: 4 pés e 8,5 polegadas, ou 142,2 centímetros na escala
decimal. Essa medida foi simplesmente emprestada da rede ferroviária inglesa,
que, por sua vez, aproveitara a rede de estradas de pedra construída por Júlio
César, 2 000 anos atrás.
Essas vias eram feitas com ranhuras para as rodas das
carruagens de guerra, e a distância entre elas também era de cerca de 4 pés e
8,5 polegadas. Como os foguetes do ônibus espacial eram transportados por trem
até sua base de lançamento e tinham de passar por túneis com a largura dessa
bitola ferroviária, adotou-se a mesma medida.
Essa história curiosa passou a circular na
internet depois de publicada no livro The Gordian Knot (O Nó Górdio), de 1999,
escrito por Richard Solomon, especialista em teoria da comunicação da
Universidade da Pensilvânia, que estuda a história das ferrovias como hobby. O
texto, veiculado na rede mundial de computadores, diz também que a bitola das
carruagens de César foi determinada pela largura das ancas dos cavalos romanos,
mas isso ninguém pôde ainda comprovar.
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