Embora idealmente um mundo sem insetos possa ter algumas vantagens, como o fim de muitas pragas que exterminam as plantações, estes insetos possuem funções ecológicas extremamente importantes e com certeza nos fariam falta se não existissem.
Mas, e os mosquitos?
Eles servem pra alguma coisa?
Cerca
de 3.500 espécies de mosquitos já foram descritas e nomeadas, entre as quais
apenas algumas centenas trazem malefícios à
população humana. Dessa forma, se todos os mosquitos fossem exterminados
muitas doenças também teriam fim – no caso da única
forma de transmissão ser o mosquito – ou, ao menos, diminuiriam – no caso do
mosquito não ser a única
forma de transmissão.
Mas estes animais também possuem funções ecológicas importantes?
Os
mosquitos surgiram há cerca de 100 milhões de anos
atrás, e desde então co-evoluíram com diversas outras espécies. Talvez
você não consiga observar as “funções” dos mosquitos na natureza tão
facilmente, como observamos em abelhas e borboletas, por exemplo. Porém, a
função de alguns mosquitos fica mais clara quando imaginamos o jantar de alguns
animais.
Os
mosquitos são alimentos fáceis de serem capturados, por isso são as presas
preferidas de diversos animais. Determinadas espécies de peixes alimentam-se
apenas de larvas
de mosquitos, e
poderiam ser extintos caso estas larvas não existissem mais e eles não se
adaptassem a nenhum outro tipo de alimento.
O peixe-mosquito (Gambusia affinis) é uma das espécies que
poderia vir a se extinguir em um mundo sem mosquitos. Esta e outras espécies
são presas para peixes maiores e outros animais, portanto sua extinção
resultaria em um grande desequilíbrio ecológico. Foto: Jason Penney.
Pesquisadores
também estimam que, em um mundo sem mosquitos, o número de aves migratórias que
formam ninhos em tundras cairia em 50%. Além disso, animais que se alimentam de
insetos como aranhas, lagartos e sapos, também
seriam impactados com a perda de sua fonte primária de alimento.
Além
disso, os mosquitos também são muito importantes na ciclagem dos nutrientes. Isso porque as larvas de mosquitos
geralmente vivem em ambientes aquáticos, constituindo grande parte da biomassa
de rios e lagos e exercendo a importante função de decompositores de matéria
orgânica morta.
Assim como formigas, fungos e bactérias, as larvas alimentam-se de folhas,
detritos e microrganismos mortos, que, em um mundo sem mosquitos, levariam
muito mais tempo para serem reciclados no ambiente.
Existe
uma família de mosquitos que pode ser odiada ou amada, dependendo do seu ponto
de vista. Por um lado, a família Ceratopogonidae possui representantes como o
maruim, que possui fêmeas adaptadas para sugar sangue. Por outro lado, espécies
como Forcipomyia hardyi são grandes polinizadoras de cacau, a matéria-prima utilizada para a
produção de chocolate. Ou seja: em um mundo sem mosquitos,
poderíamos até não nos preocupar com as picadas das fêmeas, mas já pensou viver
em um mundo sem chocolate!? E não apenas o cacau seria afetado: os mosquitos
polinizam milhares de outras espécies de plantas, pois os adultos dependem do
néctar para sobreviver.
Um
macho do gênero Forcipomyia, grupo de mosquitos adaptados
à polinização de espécie de cacau. Foto: Ashley Bradford
Apesar
de todas estas funções ecológicas, os mosquitos são uma das poucas espécies que
até mesmo biólogos não se importariam em exterminar. Com milhares de pessoas mortas por
doenças como o ebola e a malária, muitos pesquisadores afirmam que o desequilíbrio ecológico causado
pela extinção destes animais não seria tão grave quando comparado ao problema
que estes causam em relação à saúde humana. Segundo estes pesquisadores, em um
mundo sem mosquito, os governos precisariam gastar menos dinheiro com saúde
pública e controle de doenças, e este dinheiro poderia ser utilizado para o
desenvolvimento justamente nos países que mais sofrem com estas doenças.
De
qualquer forma, em relação ao extermínio de todas as espécies de mosquitos, não
nos restam muitas opções se não imaginar: apesar de todo o esforço humano para
eliminar estes animais, especialmente aqueles que transmitem doenças, os
resultados não têm sido muito animadores, e a era dos mosquitos não parece
estar próxima de um fim.
Fonte: Nature
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