Três quimeras humanas que já existem
e podem estar aí do seu lado
Quimera foi uma criatura da
mitologia grega que possuía cabeça de leão, corpo de cabra e rabo de serpente.
Há alguns anos, os cientistas tentam criar, em laboratório, as quimeras.
Misturam de tudo: órgãos humanos em outros mamíferos, sangue humano em camundongos
ou misturam DNA de plantas. O mais famoso dos quimeristas foi o pesquisador
russo, pomólogo e geneticista, Ivan Michurin, que se dedicou à criação de
quimeras vegetais.
Recentemente, os
pesquisadores concluíram que já existem ao menos três tipos de quimeras humanas
– duas naturais e uma artificial.
Tipo 1
A primeira delas foi descoberta por acaso. Quando a norte-americana Lydia
Fairchild foi submetida a um teste de DNA para comprovar a maternidade dos
filhos, o resultado foi negativo, inclusive para o bebê que ela estava gestando
na época. Ela passou, então, por uma série de exames até que os médicos
descobriram que Lydia, no estado de embrião, tinha absorvido a sua irmã gêmea,
ficando as células desta no seu corpo. Assim, ainda antes de ter nascido, Lydia
se tornou uma quimera.
Uma das quimeras humanas naturais que já existem são casos de gêmeos: dois
óvulos fecundados podem se fundir num só ou quando gêmeos heterozigóticos
trocam células entre si devido à fusão de vasos sanguíneos.
Tipo 2
O segundo tipo de quimera humana natural identificada são mães que absorvem o
DNA dos fetos. Um estudo de 2015 sugere que isto acontece em quase todas as
mulheres grávidas, pelo menos temporariamente.
Os pesquisadores testaram amostras de tecido dos rins, fígado, baço, pulmões,
coração e cérebro de 26 mulheres que morreram tragicamente durante a gravidez
ou no prazo de um mês após o parto. O estudo verificou que as mulheres tinham
células fetais em todos estes tecidos.
Tipo 3
O terceiro tipo de quimera humana são os casos de transplantes de medula óssea.
Durante tais transplantes, uma pessoa terá a sua própria medula óssea destruída
e substituída. A medula óssea contém células estaminais que se desenvolvem no
sangue. Isso significa que uma pessoa submetida a um transplante de medula
óssea terá suas células sanguíneas e mais as células do doador.
Fontes: Scientific American e Sputnik News
Imagem: Sergey Nivens/Shutterstock.com
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